sábado, 28 de abril de 2012

“Quero que a ALE identifique os fantasmas”, cobra sindicalista após 'ponto'


Em vigor desde o começo da semana, um ponto de frequência manual implantado na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) vem causando polêmica entre os funcionários. Isso, porque, segundo denúncias de servidores da Casa, somente aqueles que realmente trabalham são obrigados a assinar o ponto.
Ernandi Malta, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (SSPLAL), afirmou, em entrevista ao Alagoas24horas, que faltaria espaço físico e condições de trabalho caso os 886 servidores efetivos e cerca de 700 comissionados do Poder Legislativo cumprissem horário na Casa de Tavares Bastos.
O sindicalista também confirmou a denúncia dos servidores de que o ponto só está sendo cobrado a “meia dúzia” de funcionários: “Acredito que o ponto é uma exigência para todos, mas, só ‘paga’ aqueles que já trabalham. Quero que a Mesa Diretora identifique aqueles que estão fora e aponte todos os fantasmas, afinal, punir trabalhador que está no dia-a-dia é fácil”, disse.
Segundo avaliação de Malta, dos quase 900 servidores, cerca de 440 trabalham efetivamente na ALE. “Cadê o resto?”, questionou, lembrando que, antes dessa medida, a Mesa Diretora já tinha implantado um ponto eletrônico, que foi retirado sem maiores explicações.
“Espero que a Assembleia esteja no caminho certo, mas, não estou enxergando ainda o objetivo dessa medida, pois, se fosse para colocar todo mundo para trabalhar, seria preciso fazer convênios com o Estado ou prefeituras para colocar trabalhadores à disposição”, sugeriu o sindicalista.
Os servidores cobram ainda que, após a adoção do ponto manual, a Mesa Diretora divulgue a lista com os nomes, cargos, salários e frequência de todos os servidores efetivos e também dos comissionados.
Em contato com o Alagoas24horas, os funcionários da ALE também levantaram a hipótese de que a adoção do ponto seja uma forma de justificar o pagamento da polêmica Gratificação por Dedicação Exclusiva (GDE), atendendo assim, parte das recomendações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) para regularizar a gratificação.

Descontos nos salários

A reportagem procurou o presidente da ALE, deputado Fernando Toledo (PSDB) para falar sobre o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa, o parlamentar disse que o ponto foi implantado justamente para identificar quem está ou não trabalhando.
"Quem não assinar o ponto nem apresentar justificativa para as faltas terá descontos no salário", afirmou a assessoria.

*Fonte: Alagoas 24 horas: www.alagoas24horas.com.br

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